Editorial – Ecos 2

por Henri Kaufmanner


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O que fazer de seu corpo?

por Cristiana Pittella


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Fazer-se um corpo

por Lilany Pacheco (mais-um)


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“Ela se enamorou de seu analista”

por Angelina Harari


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Salto no Vazio

por Paola Bolgiani


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Ecolalias

Playlist


NanquimAutor: Dj Dolores 1DJ Dolores é o nome artístico de Helder Aragão (Propriá/SE, 1966). DJ, produtor, compositor, designer e escritor. Radicado no Recife, sua obra é identificada com a cena manguebeat que surgiu no início dos anos 1990. Criou o design do CD-manifesto Da Lama ao Caos, de Chico Science e Nação Zumbi. Compôs várias trilhas sonoras para filmes, entre as quais as de Narradores de Javé (2003), de Eliane Caffé, O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho, Tatuagem (2013) e Fim de Festa (2020), de Hilton Lacerda, que revelam parte das diferentes linguagens artísticas com as quais Dolores dialoga. Entre os seus discos estão: Recife 19 (2019), Aparelhagem (2005) e Contraditório? (2002).


Tru-no-ar - 2ª versão

TRU-NO-AR – por Sérgio de Mattos

Pichação


Obra: Arthur Barreto Garrocho

Vídeos


Entrevista com DJ Dolores

DJ Dolores é o nome artístico de Helder Aragão (Propriá/SE, 1966). DJ, produtor, compositor, designer e escritor. Radicado no Recife, sua obra é identificada com a cena manguebeat que surgiu no início dos anos 1990. Criou o design do CD-manifesto Da Lama ao Caos, de Chico Science e Nação Zumbi. Compôs várias trilhas sonoras para filmes, entre as quais as de Narradores de Javé (2003), de Eliane Caffé, O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho, Tatuagem (2013) e Fim de Festa (2020), de Hilton Lacerda, que revelam parte das diferentes linguagens artísticas com as quais
Dolores dialoga. Entre os seus discos estão: Recife 19 (2019), Aparelhagem (2005) e Contraditório? (2002).

Ecolalias – Recitação

Bibliografia

Projeto AE Né Trem Lá Vem Bibli Uai

Comissão de Bibliografia da XXV Jornada – EBP-MG

A equipe de Entrevistas e Vídeos, da Comissão de Bibliografia da XXV Jornada “Acontecimento de Corpo – da contingência à escrita”, dentro do seu projeto AE Né Trem Lá Vem Bibli Uai, formulou uma pergunta para a atual Analista da Escola (AE), Tânia Abreu, e para a ex-AE, Ana Lydia Santiago, sobre o que elas podem nos dizer sobre a articulação de seu percurso de análise e a experiência de acontecimento de corpo.
Esse projeto buscará, ao longo do período de preparação para a XXV Jornada, ouvir todos os ex-AEs da EBP-MG sobre a mesma questão que será publicada em cada edição do Boletim Ecos, sob a forma de entrevistas por vídeo e escrita. Fiquem atentos!

Acontecimento de corpo

por Ana Lydia Santiago


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Resenhas


Laurent Dupont

por Maria de Fátima Ferreira


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Alain Merlet

por Rodrigo Almeida


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Laure Naveau

por Samyra Assad


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Citações


LAURENT, Éric. O trauma ao avesso. Papéis de psicanálise. Belo Horizonte, Revista do Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais, n.1, p. 21- 28, 2004.

27 “O analista sabe, assim, que ele opera com materiais frágeis. A análise não é um ajuste da metáfora ou do relato da vida de cada sujeito. Não é o ‘relato que conviria’ no lugar da história que não existe, uma vez recuperado o dossier perdido sob o recalque. A análise parece muito mais, nessa perspectiva, com uma instalação precária como aquela que se encontra agora em todos os museus ou quando das grandes cerimônias da comunidade artística, chamadas de bienais. (…) A instalação inteira é uma espécie de operação frágil sobre o que nos resta de sentido em torno do falo. Mais vale conceber a análise assim do que como uma metáfora narrativa cheia de sentido. O analista, nessa segunda, posição, se situa além ou aquém de uma concepção terapêutica do sentido. Na primeira posição, a da reparação do sentido, o analista é mais evidentemente terapeuta. Mas, na segunda posição, ele percebe o próprio sentido como um objeto perigoso. Ele pode produzir ‘overdoses’ que o tornam inoperante. É, assim, impossível interpretar mais as ‘aranhas’ de Louise de Bourgeois do que ela própria o fez. Será preciso, então, ao analista, medir, para cada sujeito, até onde ele pode apresentar dois pólos de sua ação. (…) é preciso, no entanto, que o analista saiba que ele não pode reduzir sua posição àquela de um doador de sentido ou àquela daquele que restitui o sentido do recalcado.”

Comentário: Diante do incompreensível que impera quando se avista uma aranha gigante de aço, pode haver uma tentativa de atribuir sentido a essa dimensão um tanto estranha. Mas nesse caso, as aranhas não são o perigo! Como podemos extrair da leitura Éric Laurent, ao fazer referência às esculturas de Louise de Bourgeois, perigoso mesmo seria o excesso de sentido injetado nelas a fim de elucidá-las. Essa posição de “doador de sentido” também não convém ao analista. É preciso, pois, cortar. É preciso reduzir. É preciso que a narrativa não seja infinita. (Tatiane Costa)

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BARROS-BRISSET, Fernanda Otoni. Transferência: amor, saber e algo mais... CURINGA. Belo Horizonte, Escola Brasileira de Psicanálise – Seção Minas, n.34, p. 49-62, 2012.

59 “A intervenção analítica visa à conjunção entre significante e gozo, isto é, o real. O sujeito defende-se como pode, isso itera, compulsivamente! O analista perturba sua defesa, primeiro, oferecendo a associação livre, a linguagem como uma perturbação ao gozo. Nesse itinerário, um resto de gozo, impossível de dizer, vai-se isolando à medida que a ordem simbólica vai demonstrando sua precariedade. A análise opera aqui uma dissecação, um princípio de redução. Frente à precariedade, o analista insere o corpo. Do analista-tapete ao analista-traumatismo: tiraram o tapete!”

Comentário: Tirar o tapete também pode ser uma forma de sinalizar a queda. Parafraseando os versos de Luiza Neto Jorge, quando a autora escreve que “o poema ensina a cair”, talvez possamos dizer que uma análise também caminha nessa direção, ao “ensinar” algo da queda – “do analista-tapete ao analista-traumatismo”. Assim testemunha uma analisanda, logo após se levantar do divã, depois de um corte, ao final da sessão: “fiquei tonta”. Sim, cortar pode ser vertiginoso. (Tatiane Costa)

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La Sagna, C. D. Avoir um corps ou avoir um mur pour appui. La Cause du désir. Paris, no 100, p. 91-96, 2018,.

“A paciente de Breuer, Anna O., sofre de sintomas histéricos que afetam seu corpo e sua maneira de falar, pois ela não fala mais sua língua, o alemão. Ela também apresenta contraturas musculares, paralisia dos músculos do pescoço, problemas de visão, toda uma série de sintomas que afetam seu corpo… O acontecimento de corporal é onipresente aqui… Nos dias em que Breuer conhece Anna, ela se entrega ao que chama de seu “teatro privado”: e Breuer – esta é uma de suas contribuições essenciais – tem a ideia de que é preciso respeitar o sintoma e diz à paciente para lhe dizer o que ela desejar. É assim que Freud e Breuer descobrirão que esse método, que Anna chamará de limpeza de chaminés, é propenso a fazer desaparecer os sintomas histéricos…

Breuer vai à casa de Anna todas as noites e escuta. Ela fica pior quando ele não vem ou vai embora. Todos os que o cercam notam o apego de Anna a Breuer, a própria esposa de Breuer se preocupa com isso, mas ele entende mal esta dimensão: ao ignorar a origem sexual da neurose, como Freud se expressa, ele entende mal a natureza dos sintomas.

Enquanto Breuer deseja encerrar o tratamento, é na transferência como encenação da realidade do inconsciente que a natureza sexual dos sintomas se apresentará…

O “falso balão”, como se expressa, não é um significante cuja definição quer que ele represente um sujeito para outro significante, mas um signo, ou seja, “algo para alguém”.

É assim, com Anna O., que a transferência é descoberta na psicanálise, e na verdade na forma de um acontecimento, um acontecimento corporal.” (La Sagna, 2018, p. 92-93- tradução livre) (Fernanda Costa)

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Artistas que ilustram o ECOS 2

ERNESTO NETO

As referências se encontram no texto de Cristiana Pittella.

ISMAEL NERY ( 1900-1934)

Um dos precursores do surrealismo no Brasil. Artista que tem sua obra em domínio público.

RUI SANTANA (1960-2008)

Pintor, professor e divulgador das artes, este artista mineiro construiu uma obra singular. Suas pinturas são marcadas tanto pela recorrência de grafismos como pela busca incessante de formas provenientes da cor. Não bastasse ser um grande artista, Rui Santana foi um empreendedor cultural de grande talento, idealizador de projetos artísticos como o Projeto Mural, nos cinemas Belas Artes e a Bienal Internacional do Grafite. Agradecemos à sua família pela generosidade em autorizar o uso de suas imagens.

SÉRGIO MEDEIROS

Imagens de Sérgio Medeiros, do seu ebook de artista A Visual Finnegans Wake on the Island of Breasil, que será lançado pela editora Iluminuras em 2022. Agradecemos sua amável autorização.